15 de abril de 2007

O Caminho Perdido e A Casa Esquecida no Cinema Le Meliès, em Pau

"O Caminho Perdido" e "A Casa Esquecida" são os filmes apresentados na "Projecção-encontro", que vai integrar o programa "Espaces de la Lusophonie" a decorrer no cinema Le Meliès em Pau (França) entre 24 de Abril e 9 de Maio, com a presença da realizadora Teresa Garcia e do actor Luis Rego. Segundo o responsável da programação, Jean-Jacques Ruttner, esta sessão tem como objectivo, dar a descobrir uma realizadora emergente e criar um encontro entre esta e o conhecido actor Luis Rego com o público.
"É uma autêntica revelação: em dois filmes curtos, Teresa Garcia impôs o seu universo poético e doce, a sua surpreendente capacidade de tecer parábolas formidávelmente límpidas que falam, com emoção, delicadeza e justeza, do ser humano, do seu caminho de vida.(...) Comoventes e profundos, estes dois filmes marcam a emergência de uma cineasta: o que não acontece todos os dias!"
Jean-Jacques Ruttner

10 de outubro de 2005

A Casa Esquecida no Festival do Nouveau Cinéma de Montréal

A Casa Esquecida foi seleccionado para a competição do Festival Nouveau Cinema que vai decorrer em Montreal entre 13 e 23 de Outubro de 2005.

30 de maio de 2005

A Casa Esquecida em Brive - França

A CASA ESQUECIDA é um dos dezasseis filmes seleccionados para a competição de "Le Temps du Cinema - 2e Rencontres du Moyen Métrage de Brive," que vai decorrer na cidade de Brive (França) entre 2 e 7 de Junho. Este Festival de Cinema foi criado em 2004 pela S.R.F. (Sociéte des Réalisateurs de Films) a mesma que fundou e é responsável pela Quinzaine des Réalisateurs em Cannes. O filme A Casa Esquecida vai ser apresentado nos dias 4 e 5 de Junho e haverá um encontro animado pelos seleccionadores, com o público e com a realizadora que estará presente a convite do Festival.

2 de novembro de 2004

A Casa Esquecida no Festival de Roma

A Casa Esquecida vai ser apresenta na 9ª edição do Roma Film Festival na secção Confronti: Focus Orizzonti Latini (México, Portugal, Itália)

"A viagem de dois vagabundos através de caminhos reais e simbólicos de ofuscante beleza num Portugal desconhecido, entre o esquecimento e o reaparecimento de lugares e memórias, fazendo eco com outros filmes (como em Bunuel de "A Via Láctea")"

Bruno Roberti, director do Festival,
director da revista Filmcrítica
in catálogo e folheto do festival.

6 de outubro de 2004

genérico

A CASA ESQUECIDA 2004 - Portugal / França

Realização e Argumento: Teresa Garcia
Diálogos: Regina Guimarães
Director de Fotografia: Pascal Poucet
Director de Som: Francis Bonfanti
Montagem: Pierre-Marie Goulet, Patrícia Saramago
Música: Kudsi Ergüner
Misturas: Branko Neskov

Intepretação:
Luis Rego - Pedro Hestnes
Gracinda Nave – Francisco Fanhais - Ana Meira – José Carretas
- participação especial de Isabel de Castro

Produção: Athanor e Animatógrafo2 (Portugal)
La Vie est Belle Films Associés ( França)
em co-produção com Radiotelevisão Portuguesa –RTP ( Portugal)
Duração: 45 minutos, Côr, 35mm, 1:85

Filme apoiado financeiramente pelo
Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia- ICAM

6 de maio de 2004


dialogos 1

O DONO DA QUINTA
Seja como for, deram bem conta do recado.
Se quiserem ficar por estas bandas,
trabalho não falta e os braços são sempre poucos.

TOMÁS
Bem haja mas não podemos.
A estrada chama por nós.

O DONO DA QUINTA
E o vosso destino é longe daqui ?

IVO
Não temos destino, vivemos em viagem.
Não temos casa, não temos bens.
A nossa tralha cabe em dois sacos.
Mas vida melhor não existe.
Cada sítio por onde passamos é sempre novo
e quando adormecemos nunca sabemos
o que nos reserva o dia de amanhã.
Estamos sempre de bem com o mundo
porque não queremos nada de nosso.
Se a fome aperta, paramos uns dias,
ganhamos uns cobres e logo nos fazemos ao caminho.

TOMÁS
Fazemos do dia-a-dia a nossa aventura…
Tudo o que nos acontece é imprevisto.

A SENHORA DA QUINTA
Credo! Então nunca têm sítio certo onde comer e dormir?

TOMÁS
A gente contenta-se com pouco.
O mau é passageiro e o bom sabe pela vida.

sinopse

Ivo e Tomás, dois vagabundos voluntários que alimentam a alma de caminhos e grandes ventos. De vez em quando fazem uma paragem, alugando os braços, o tempo necessário para poder, provisões feitas, retomar a estrada. Uma vez, com o sol no máximo e um calor abrazador, o deserto que atravessam parece não ter fim. Já não têm água… ao final do dia, já sem forças, deixam-se cair junto a um arbusto seco. Ivo contempla o nascer da lua, como para se despedir e murmura versos do poema de um advogado que encontraram antes. É então que vê ao longe uma luz. Põem-se a caminho da casa…